Erroneamente a maioria das pessoas associam a ingestão de gorduras com ganho de peso.
Mas isto não é verdade, desde que seja consumida da forma certa e na quantidade certa.
Imagino que achem que gordura gera gordura, faz sentido!
Outra forma de estocar gordura é liberar uma quantidade excessiva de insulina, hormônio formador de gordura e músculos. Já perceberam como alguns gordinhos são forte apesar de não fazerem musculação? Motivo: insulina
Este hormônio é liberado para metabolizar a glicose ou açúcar no sangue, isto é, jogar glicose para células para que essas gerem energia.
Quanto mais glicose, mais insulina e caso o organismo não precise de tanta energia, sabidamente ele armazenará a energia em forma de gordura
Este hormônio veio da época em que caçávamos e tínhamos acesso limitado aos alimentos. Assim, quando o homem primata comia ele precisava armazenar um pouco de energia. Porém surgiram os supermercados, as padarias, lanchonetes, etc. e ninguém avisou o pâncreas para ele parar de liberar insulina e estocar gordura.
Nossa dieta, que era basicamente carnes, gorduras, vegetais e frutas sofreu uma total inversão com a entrada do carboidrato derivado da farinha branca encontrado em pães,massas e arroz.
Sem contar os biscoitos, doces, batatas fritas, refrigerantes, sucos prontos ,guloseimas e fast foods que invadiram o nosso dia a dia.
Com a finalidade de diminuir a insulina podemos aumentar a ingestão de gorduras saudáveis, proteínas e diminuir ou zerar a ingestão de carboidratos refinados, derivados do trigo e guloseimas, dando preferência aos carboidratos complexos, frutas e verduras. Entenda mais sobre estes carboidratos clicando aqui.
Para isso, em torno de 30% – 40 % do total das calorias ingeridas ao longo do dia seria derivada das gorduras, 30 % seria de proteínas e 3040 % de carboidratos de baixo índice glicêmico, isto é, carboidratos que despejam pouco açúcar ou glicose em nossa corrente sanguínea e consequentemente liberam menos insulina – hormônio formador de gordura.
O nome atribuído a esta dieta é Dieta em Zona Metabólica ou Dieta do Equlíbrio Hormonal, já que favorece- se a produção de hormônios que emagrecem e aumentam massa magra e diminui – se o hormônio que estoca gordura.
Com a alteração vista abaixo conseguimos mudar drasticamente nossa configuração metabólica em relação aos hormônios que estocam gordura e ao mesmo tempo, conseguimos manter o metabolismo acelerado , já que gordura também gera energia e não estaremos em restrição calórica
Além disso as gorduras fornecem colesterol ao organismo , sustância essencial para formar hormônios que estimulam o crescimento muscular,queimam gorduras, melhoram a memória. aumentam a disposição, controlam o stress e aumentam a libido.
Conheça as gorduras e suas funções
Gorduras saturadas: São normalmente sólidas em temperatura ambiente e sua principal fonte são os alimentos de origem animal, especialmente carnes gordas, leite e manteiga. Nos último anos assistimos a demonização destas gorduras mas estudos recentes vem mostrando que ele são responsáveis pela obesidade e infarto cardíaco, pelo contrário, até protegem.
As gorduras monoinsaturadas promovem melhora nos níveis de colesterol, saciam a fome e são ricas em minerais como zinco e magnésio. São encontradas no azeite, abacate, açaí, oleaginosas (castanha-do-pará, amêndoas, nozes, pistache, avelãs) e sementes em geral.
Já o Ômega-3, que faz parte das poli-insaturadas, é uma importante gordura anti-inflamatória, que atua na promoção dos bons níveis de triglicerídeos e prevenção de doenças do coração. Ele está presente em peixes, como sardinha, salmão, atum e arenque, além de fontes vegetais, como a linhaça, óleo de canola, rúcula e semente de chia, maior fonte vegetal de ômega 3.
Gordura Trans: está contidas em guloseimas industrializadas,como salgadinhos de pacote e biscoitos recheados. Em alimentos de origem a animal a quantidade é irrisória
Além de aumentar o maus colesterol – LDL – esta gordura é pró inflamatória o que significa que ela funciona com um agressor ao nosso organismo, nos atacando de forma crônica e contínua.
Funções das gorduras em nosso organismo
- A gordura protege o ossos e as articulações do impacto, além de ser benéfica à composição da estrutura deles, revelaram estudos publicados no The American Journal of Epimiology.
- Funciona como isolante térmico nos protegendo do frio. Já reparam como alguns gordinhos suam demais?
- Meio de transporte para as chamadas vitaminas lipossolúveis – como A, D, E e K. No almoço quem vai transportar a vitamina A contida na cenoura é a gordura do azeite.
- Todas as membranas de nossas células são formadas de gorduras – membrana fosfoLIPÍDICA
- Mais da metade do nosso cérebro é formado de gordura
- Responsável pela síntese de vitamina D, fundamental para a formação de massa óssea e pela prevenção de alguns tipos de cânceres e doenças cardiovasculares.
- Matéria prima para todos os hormônios chamados esteróides (formados a partir do colesterol) entre eles, testosterona, cortisol, estradiol, progesterona, DHEA, pregnenolona, estriol, androstenediona, 17 OH progestrona,etc. TODOS os importantes hormônios abaixo DEPENDEM do colesterol para que possam ser sintetizados, já que, simplesmente, VÊM DELE:
- Pregnenolona, “hormônio-mãe”, neuroprotetor e importante promotor da boa memória
- Aldosterona, regulador da pressão sangüínea via promoção do equilíbrio entre Na e K
- Cortisol: o hormônio do “stress”, fundamental à vida
- Progesterona: Fundamental para a manutenção dos estágios iniciais da gravidez, ativa o gene anticâncer p53 e inibe a 5-alfa-redutase (enzima que converte testosterona em DHT – dihidrotestosterona)
- DHEA: hormônio com centenas de funções no organismo; uma das chaves para a longevidade com saúde
- Testosterona e estradiol: principais hormônios sexuais, sem os quais não há vida, reprodução ou diferenciação entre os sexos
referências:
- Sear B, Lawren B. O ponto Z. A dieta. 15ª Ed. Elsevier. 1997; Rio de Janeiro.
- Disponivel em: WWW.enerzona.net/practica-la-zona/index.php. Acesso em 22.08.2011.
- Peixoto JC, Feijó AP, et al. Rev. Eletronica Novo Enfoque. 2011; 12 (12);p.47-67.v
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