Como a deficiência de estrogênio é uma das principais causas de osteoporose associada à menopausa, a terapia de reposição estrogênica tem sido utilizada preventivamente, especialmente durante o climatério (entre 51 e 60 anos).
Já foi demonstrado que diferentes formulações de estrogênio administradas por via oral ou transdérmica previnem a osteoporose.
A opção transdérmica é frequentemente a escolha preferencial devido ao menor risco de trombose e acidente vascular cerebral. As mulheres que têm útero também devem fazer uso de um progestágeno de forma diária ou cíclica, pois o estrogênio isolado pode aumentar o risco de câncer de útero em longo prazo. A reposição de estrogênio tem sido associada a uma redução de 34% no número total de fraturas, fraturas vertebrais e fraturas de quadril em mulheres nessa faixa etária.
O raloxifeno é um medicamento que atua no receptor de estrogênio, com efeitos benéficos sobre os ossos, e foi aprovado para a prevenção e o tratamento da osteoporose associada à menopausa.
Medicamentos que reduzem a perda óssea (antirreabsortivos), como os bifosfonatos e o denosumabe, ou que aumentam a formação óssea (osteoanabólicos), como a teriparatida, a abaloparatida e o romosozumabe, podem ser usados de forma isolada ou combinada em mulheres com osteoporose que não respondem a mudanças de estilo de vida e estratégias preventivas.
Os osteoanabólicos são normalmente reservados para mulheres com risco muito alto de fraturas, como as pacientes com escore T de DMO ≤ −3, a mais idosas com fraturas recentes e mulheres com outros fatores de risco. Normalmente, o tratamento é contínuo.
A osteoporose associada à menopausa pode ter consequências significativas na qualidade de vida da mulher, considerando o risco de fraturas que frequentemente requerem internação hospitalar, cirurgia e longos períodos de reabilitação (como as fraturas da coluna vertebral e do quadril).
É importante reconhecer as pacientes com maior risco, realizar a avaliação da saúde óssea em tempo hábil e garantir nutrição ideal, suplementação de cálcio e vitamina D e realização de exercícios físicos que otimizem a força muscular e o equilíbrio.
A terapia de reposição hormonal é uma possibilidade em muitas mulheres.
Algumas delas necessitarão de antirreabsortivos ou osteoanabólicos para controlar a osteoporose. Atualmente, com um tratamento adequado, as mulheres idosas podem viver uma vida longa e produtiva.
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Fonte: Medscape